Enfant

lundi, novembre 27, 2006

Curioso...



Foto proibida, provavelmente originária da ÁREA 51.
Um feto alienígena conservado em preservativo líquido!
O rótulo alerta que o material é radioativo.




Antiga foto, mostrando um militar norte-americano diante
do esquife contendo o corpo de um alienígena. Talvez se
trate do Caso Roswell.

vendredi, novembre 03, 2006

Zentropa



Europa - Drama e suspense na Alemanha pós-guerra. Vencedor do Grande Prêmio do Júri e Melhor Técnica Cannes Film Festival...
Um jogo de instrigas e conspirações políticas que vai levá-lo ao sombrio clima do pós-guerra na Alemanha.

Alemanha, 1945. Recém-derrotados pelos Aliados, o país está destruído e o povo, em condições miseráveis.
As tropas americanas começam a desmilitarizar o país e a capturar os colaboradores do Partido Nazista, enquanto enfrentam o ataque furtivo dos “Lobisomens”, um grupo terrorista que resiste à ocupação.
No meio desta guerra, chega Leopold Kessler, um jovem idealista americano de ascendência alemã que vai trabalhar na Zentropa, a empresa ferroviária que se torna um dos pivôs da luta entre americanos e “Lobisomens”.
Os dois lados querem tirar vantagem do jovem Kessler, que, na tentativa de manter-se neutro, põe à prova seus ideais e expõe a complexidade do problema político do pós-guerra e o choque cultural entre europeus e americanos neste grande e importante filme de Lars von Trier.

Agnieszka Holland


O cinema sem fronteiras de Agnieszka Holland
Por: Pedro Aguiar


Foto de Dominique Valansi
Se ainda hoje não é tão alta a proporção de mulheres entre cineastas de sucesso, imagine-se quantas havia uns 20, 30 anos atrás. Pois naquela época a polonesa Agnieszka Holland já lançava seus filmes e era reconhecida como um talento promissor do cinema europeu. Autora de alguns dos mais belos filmes da cinematografia recente, Agnieszka foi progressivamente melhorando sua técnica e aumentando seu prestígio.

Depois de realizar produções em diversos países, ela vem ao Festival do Rio 2003 para lançar Voltando para Casa (Julie Walking Home, 2002), que ganhou o Leão de Ouro do ano passado em Veneza. Além do Globo de Ouro que recebeu em 1991, as outras indicações para os principais prêmios do cinema ocidental em seu currículo deixam claro por que Agnieszka Holland está entre os mais importantes diretores vivos da Europa.

Nascida em Varsóvia, capital da Polônia, em 1948, Agnieszka decidiu ser cineasta bem cedo e foi para Praga, na vizinha Tchescoslováquia, estudar cinema. Ingressou na FAMU (Universidade Nacional de Filme, Arte e Música), instituição de referência em estudos de cinema no Leste Europeu, onde lecionaram Milos Forman (Hair, Amadeus, O Povo contra Larry Flint) e Ivan Passer (Stalin, Primeiro Amor de Verão), entre outros diretores importantes. Sua formação foi completada, ainda, como assistente de direção de Andrzej Wajda e colaborando com Krzysztof Kieslowski, ambos também poloneses.

Agnieszka e sua obra são marcadas por uma forte politização, que a diretora viveu na pele. Recusou-se a fugir de Praga durante a ocupação soviética de 1968 e acabou presa. Quando voltou à Polônia, o país estava vivendo o início das lutas por reformas no socialismo, encabeçadas pelo sindicato Solidariedade. Agnieszka Holland retratou o movimento no filme Complô Contra a Liberdade (To Kill a Priest, 1988), baseado no caso polêmico de um padre militante que fora assassinado. Quando foi decretada a Lei Marcial na Polônia, em 1981, Agnieszka fugiu para evitar nova repressão, e se exilou em Paris, onde ficou radicada pelas décadas seguintes.

A obra de Agnieszka Holland, uma verdadeira autora de cinema, inclui produções realizadas em diversos países, como Polônia, França, Inglaterra, Alemanha e Canadá, entre outros, mas sempre com alguns laços em comum. Família, política e questões judaicas são temas recorrentes em seus filmes, boa parte deles baseados em fatos reais. Colheita Amarga (Angry Harvest, 1986) é uma história do Holocausto, em que uma judia escapa de um trem que ia para campos de concentração e se refugia na plantação de um fazendeiro católico. A perseguição nazista é retomada em Filhos da Guerra (Europa Europa, 1990), sobre um rapaz que consegue esconder sua origem judaica e se infiltra na Juventude Hitlerista.

Em 1992, filmou o belíssimo Olivier, Olivier (Olivier, Olivier, 1992), outra história verídica, sobre o que ocorre numa família como conseqüência do desaparecimento de um filho, no interior da França. A direção meticulosa e sensível de Agnieszka deu ao protagonista Grégoire Colin o César (o Oscar francês) de ator-revelação em 1993.

Alguns de seus melhores filmes são mais recentes, porém não os mais cultuados da sua carreira. Sob a bênção de Francis Ford Coppola, a polonesa fez sua estréia em Hollywood com O Jardim Secreto (The Secret Garden, 1993). Dois anos depois dirigiu o astro jovem Leonardo DiCaprio em Eclipse de uma Paixão (Total Eclipse), sobre o relacionamento tempestuoso dos poetas Verlaine e Rimbaud. Continuou dirigindo filmes nos EUA, como A Herdeira (Washington Square, 1997) e O Terceiro Milagre (The Third Miracle, 1999), trabalhando com atores hollywoodianos como Ed Harris e Jennifer Jason Leigh.

Mesmo viajando pelo mundo para realizar seus filmes - Voltando para Casa foi filmado na Polônia e no Canadá -, Agnieszka Holland mantém fortes os laços com suas origens. Seu próximo projeto é filmar a história real de Juraj Janosik, um herói nacional eslovaco.


"La Pianiste", Áustria, 2001. 130 mins. Direção: Michael Haneke. Estrelando: Isabelle Hupert, Benoit Magimel, Annie Girardot, Susanne Lothar, Udo Samel.

O filme "A Professora de Piano" é, sem sombra de dúvida, um dos melhores filmes do ano passado e também um dos mais doentios.
Dirigido pelo alemão Michael Haneke (de "Código Desconhecido"), a produção foi premiada no Festival de Cannes de 2001 e trata de dominação e opressão em relacionamentos – tanto amorosos como familiares.

É uma história de pessoas que tem dificuldades em expressar seus sentimentos, numa conexão de amor e ódio.


Adaptado do romance homônimo escrito em 1983 por Elfriede Jelinek, o filme - num segundo plano - discute como o sexo pode ser encarado como uma doença que consome e muda a vida das pessoas. O palco é a cidade de Viena, na Áustria, onde Haneke passou parte de sua adolescência.

No enredo, Erika Kohut (interpretada por Isabelle Hupert, de "Amateur") é uma professora de piano na faixa dos 40 anos que é tratada como uma criança e oprimida pela intrometida mãe. Conseqüentemente, Erika age com frieza e impaciência com seus alunos.

Por trás da aparência fria e indiferente, se esconde uma mulher com bizarros fetiches sexuais. A talentosa pianista passa seu tempo livre em cabines de peep shows cheirando lenços sujos com "prazeres masculinos" e andando no drive in observando casais fazendo sexo dentro dos carros.